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Archive for the ‘Imagem e palavra’ Category

Apple tomou outra chapuletada hoje na Europa naquela clássica briga “você copiou meu design depositado e agora você tem que parar de vender o seu produto”.

E agora ela vai ter que publicar em seu site um link “Samsung/Apple UK Judgement” direcionado à decisão da Corte (válida para a toda a União Européia).

Vai um curativo aí?

Na decisão unânime do colegiado formado por três juízes, a apelação da Apple foi indeferida, o tribunal alemão que concedeu uma cautelar para a Apple foi avacalhado no estilo “data maxima venia” e é possível ouvir as gargalhadas dos advogados da Samsung.

Recomendo a leitura (aqui, via Consultor Jurídico), mas destaco o ponto em que o juiz fala sobre a necessidade de a Apple publicar a decisão em seu site, depois do furdunço que ela própria causou entrando com ações em diversos países e interpretando de forma equivocada a decisão anterior (e depois de argumentar que a publicidade era necessária para “dispel commercial uncertainty”:

Of course our decision fully understood actually lifts the fog that the cloud of litigation concerning the alleged infringement of the Apple registered design by the Samsung Galaxy 10.1, 8.9 and 7.7 tablets must have created. And doubtless the decision will be widely publicised. But media reports now, given the uncertainty created by the conflicting reports of the past, are not enough. Another lot of media reports, reporting more or less accurately that Samsung have not only finally won but been vindicated on appeal may not be enough to disperse all the fog. It is now necessary to make assurance doubly so. Apple itself must (having created the confusion) make the position clear: that it acknowledges that the court has decided that these Samsung products do not infringe its registered design. The acknowledgement must come from the horse’s mouth. Nothing short of that will be sure to do the job completely.

Ouch.

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Há um tempo postei aqui um ótimo texto que falava sobre a nova geração que está sendo criada por pais no mundo todo, batizada pelo autor como “Geração Sapatênis“.

Pois ontem, lamentavelmente, eu presenciei uma cena que ilustra bem essa situação e sua origem.

Fui com Rimã, Cunhado e Primeira Sobrinha asistir o fofíssimo show do Palavra Cantada (aliás, Leandro, recomendo as músicas deles, que eu acho bem mais legais que a Galinha Pintadinha).

Como todo show, tinha banda de abertura. Tratando-se de show infantil, a banda de abertura foi um grupo infantil. Todas as informações sobre a abertura dos portões (15h), a banda de abertura e o começo do show do Palavra Cantada (17h30) constavam religiosamente do site da Fundição Progresso, onde ele aconteceu e para o qual o próprio site do Palavra Cantada redirecionava quem quisesse mais informações sobre o evento.

Você, pai de dois filhos entre 4 e 7 anos, sabendo que criança não fica parada muito tempo e se entedia com facilidade, procuraria todas as informações sobre o evento, correto? Veria o set list, buscaria referências, se informaria sobre a banda de abertura, sobre os horários, sobre o local, certo? Se você percebesse que as informações nos sites não eram suficientes, você ligaria, perguntaria no twitter, no facebook, enfim. Você correria atrás, para não transformar um programa divertido em um programa de índio quando seus filhos começassem a se entediar, te entediando também.

Então, acredito que isso seja premissa de qualquer show. Você precisa fazer a due dilligence necessária, até pra saber se vale a pena gastar seu rico dinheirinho ou se é mais interessante comprar o dvd depois (ou esperar passar na tv, ou nem isso).

Daí o cidadão aparece no show com os dois filhos e a senhora dele. A banda de abertura começa a se apresentar por volta de 15h40 e lá pelas 16h45 o cidadão acha por bem começar a gritar “PALAVRA CANTADA! PALAVRA CANTADA!”, acompanhado das vaias da senhora dele.

Avaliem. O cidadão é pai de duas crianças. As duas crianças estão no colo dele. O evento ainda está no horário, pois ainda nem deu 17h e o show do Palavra Cantada começaria às 17h30 (de fato, começou com meros CINCO minutos de atraso).

Que tipo de mensagem o cidadão está passando para seus filhos? Que tipo de imagem ele está passando para os demais?

Naquele momento eu vi quem são os pais da Geração Sapatênis.

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Querido cidadão que estava no evento de ontem na Fundição Progresso com seus dois filhos e sua senhora,
Se você não gosta da banda de abertura e não tem senso de humor para superá-la, você tem algumas opções:

a) Se você não se preocupar com o risco de ficar com os piores lugares da plateia, não chegue no horário de abertura dos portões.
b) Se for possível guardar o lugar com seus pertences, passeie pelo local de realização do evento, faça um reconhecimento das saídas de emergência, vá ao banheiro, compre água/comida/bala/chiclete.
c) Se o risco de não conseguir segurar o bom lugar for real, coloque fone de ouvido e durma, leia, brinque com o celular, bata papo com os vizinhos.

Faça o que fizer, não deseduque os coleguinhas do lado. E tente (pelamordedeus) não levar a Geração Sapatênis pra dentro da sua casa. Porque, meu caro, você vai sofrer.

Beijos,

Sarita

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Última observação: o show deles é SENSACIONAL.

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Em clima de inferno astral, duas coisas podem acontecer: você achar que está fazendo tudo errado e que ninguém gosta de você por isso ou você achar que ninguém gosta de você e ponto.

Pra essa ultima opção não há muito remédio, além de uma boa terapia e/ou uns tapas daquele seu melhor amigo (exceto, OBÓVIO, se você achar que ele não é mais seu amigo e/ou se ele disser isso com todas as letras).

Pra primeira opção existe salvação, trazida a todos nós pelo meu, o seu, o nosso facebook (mais precisamente a amigahm @lianarj, que anda sumida, mas que ainda amamos).

A proposta é simples: você acha que ninguem te ama mais? teme ter ferido sentimentos? despertado suscetibilidades? não consegue dormir com a consciência pesada e os pontos de interrogação que te cutucam a noite? tem certeza que o que te cutuca é a duvida, e não seu/sua marido/esposa, namorado/namorada, filho/filha/filhos/cachorro? Está cansado demais, irritado demais, chateado demais, carente demais pra pensar sozinho em um pedido de desculpas?

Eis aqui a solução proposta pelo Bureau of Communication:

20120817-222449.jpg

É só imprimir, preencher e entregar pro objeto do seu afeto magoado. Ou então clique aqui, preencha o formulário online e envie por email (há ainda a opção de postar no mural do cidadão no facebook, mas nesse caso eu recomendo pedir desculpas por isso também…).

Se não funcionar, meu amigo leitor, sente, chore e torça pra tudo passar quando seu aniversario chegar, senão não terá sido inferno astral…

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Um dos filmes de Godzilla (sim, estou falando do dinossauro que atacou o Japão naquele fim e que passava na extinta Manchete e no SBT na mesma época em que Changeman e Jaspion eram febre), acho que o ultimo da serie clássica, fala que para ele ser derrotado foi necessária a ajuda de dois outros mutantes: Bathra e Mothra.
Uma delas era uma mariposa mutante e a outra uma borboleta mutante. A borboleta, obviamente, era boazinha e a mariposa era sua inimiga/rival, mas diante da possibilidade de o mundo japonês ser destruído por Godzilla elas se uniram contra ele.
Não confio na minha memória para detalhes do enredo (nenhum dos acima, ao menos), mas lembro da cena clássica das duas voando enquanto transportavam Godzilla para alto mar e lá o largavam para morrer no oceano.
Pois aparentemente os japoneses não precisam mais temer Godzilla. Em alguns anos talvez tenhamos todo um suprimento de Bathras e Mothras para combatê-lo, como podemos ver nas fotos “antes-e-depois” ai embaixo:

20120814-195617.jpg

Não, elas ainda não estão nascendo gigantes, mas pesquisas indicam que o material genético foi substancialmente alterado… Não acredita? Clica aqui.

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Uma nova forma de resolução de conflitos:

Tente matar a outra parte, mate o advogado da outra parte e seja morto pelos policiais. Porque dentre todos os lugares onde você pode encontrar ambos, você vai escolher exatamente o fórum onde ocorrerá a audiência.

Ser advogado hoje em dia está virando algo muito perigoso…

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Você, amigo leitor, lembra da história do coleguinha que estava em dúvida entre trocar de moto e comprar um carro e saiu com uma resposta BRILHANTE para a gentil namorada?

Se você não lembra, pausa para clicar aqui e reler.

Pois se você pensou ser esse o cúmulo do como-avacalhar-sua-cara-metade-hipoteticamente, você está enganado!

Imagine que, hipoteticamente (sempre!), você tem uma avó que mora longe. Digamos Cabo Frio. Você e sua família criaram o hábito de ir para lá em finais de semana, feriados prolongados, férias e que tais. Para facilitar – e demonstrar a felicidade com a presença de vocês -, sua avó fez a gentileza em separar uma toalha para cada um, cada uma bordada com o nome do proprietário.

Passa o tempo, você cresce, arruma uma namorada e ela passa a ir com você. Vocês passam anos indo lá – porque o namoro é longo e bem sucedido. Qual a conclusão óbvia, querido leitor? Ela vai ganhar uma toalha com o nome dela, CA-LARO!

Ledo engano. Ao invés de a cada nova namorada/peguete/ficante surgir a necessidade de se desfazer de uma toalha (que pode ainda estar em condições de uso!) e bordar uma nova, bordou-se uma única toalha com o pronome pessoal apropriado ao gênero e número: “Ela”.

Daí você fica noivo, conta pros coleguinhas e todos concluem que isso significa ter sua noiva merecido uma toalha. Não. Afinal, a “Ela” tem atendido bem as necessidades até agora, né? Pra que uma toalha tão personalizada assim? Você está noivo, mas ela ter uma toalha própria é sério demais…

Coisa feia. Borda uma toalha com o nome dela, menino! Assume esse compromisso perante as linhas e agulhas, os tecidos felpudos e sua avó! Pra te ajudar, a gente desenha:

É mais barato que comprar um anel!

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Estou nesse exato momento assistindo um programa chamado “Stealing Klimt“, sobre uma família judia antiga residente de Viena que teve seus tesouros capturados pelos nazistas. Dentre tais tesouros, jóias, porcelanas e obras de arte.

As obras de arte foram parar no Museu Nacional da Áustria e, depois de recorrer ao Judiciário austríaco (hahaha), ao Judiciário americano (conflito de competência resolvido no sentido de poder a ação ser julgada nos EUA, onde a senhora Maria Altmann, herdeira, morava à época) e, por fim, submetida a arbitragem na Áustria.

A senhorinha ganhou. Aos 80 e muitos anos ela recuperou os quatro quadros da família, forçou o governo austríaco a devolvê-los e pode vendê-los a uma media de 53.000.000 USD cada, para dividir com os outros 5 herdeiros. Bom saldo, né?

Mas eu lembrei dos tesouros egípcios nos museus espalhados pelo mundo. Complicado, hein? Porque se os austríacos ficaram divididos entre devolver o quadro pros donos verdadeiros ou ficar com eles em prol de uma história nacional, história essa vinculada ao nazismo (dispensa maiores explicações), o que dizer de nações que receberam os tesouros egípcios não em função de holocausto ou genocídio, mas de atos mais sutis, lentos, dispersos ao longo de séculos?

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Então falta uma semana pras minhas férias e eu – obviamente – estou enroladíssima no trabalho, com tudo acontecendo simultaneamente. Para resolver esse problema, não há muito a fazer, exceto trabalhar loucamente, torcer pro dia criar algumas 4 horas a mais e ouvir música.

Costumo ouvir música enquanto trabalho, principalmente quando preciso de um surto criativo pra conseguir traduzir do juridiquês pra uma língua que um engenheiro de telecomunicações entenda (cunhado haveria de concordar ser um trabalho ingrato esse).

Pois como eu percebi que ouvir músicas que eu gosto acabava por me desconcentrar (“Eu não quero mais mentir / Usar espinhos que só causam dor. / Eu não enxergo mais o inferno que me atrai-iu. / Dos cegos do castelo me despeço e voooooou / A pé até encontrar / Um caminho um lugar / Pro que eu sou” é uma das que estão na minha playlist de favoritas…) porque eu invariavelmente cantava, resolvi ouvir a rádio de músicas clássicas. Mais simples. E mais eficiente.

Hoje, no início do desespero pré-férias, a rádio me veio com essa:

Cês tão vendo que não sou eu, né? É a rádio, Brasil!

Mas aí eu fiquei curiosa em ler a letra e fui pesquisar a história dessa música. Achei um post bem interessante em um site que a tratou como uma das 6 músicas clássicas que significam o oposto do que pensamos, nos seguintes termos:

Porque você conhece: Quem dera um casamento no qual não tocasse essa música. Já foi tocada de todas as maneiras, desde órgãos a orquestras completas conforme a noiva caminha até o altar. Quando você ouve tal melodia, já sabe que a noiva está para aparecer, provavelmente toda vestida de branco.

O contexto original: Assassinato em massa. A música vem da ópera “Lohengrin”, na qual o “Bridal Chorus” é na verdade cantado para a heroína Elsa e seu novo marido, Lohengrin, por suas damas de honra após o casamento, não antes! As pessoas trocam as coisas, fazer o quê. Ah, e depois dessa canção, Lohengrin assassina cinco convidados do casamento, e larga Elsa.

Peraí: Lohengrin não é uma ópera alegre, como você provavelmente adivinhou. O casamento dura duas canções. Depois que o machão assassino abandona Elsa (e por ser uma ópera), ela morre de tristeza. Assim, a música de órgão que se ouve em todos os casamentos hoje em dia é menos festiva e mais sinistra.

Ou seja, além de ser uma música escrita por um dos maiores incentivadores/adoradores do movimento nazista, ainda faz parte de uma ópera trágica ao final da qual a recém-casada morre de desgosto por ser abandonada.


Legal, hein, noivinhas do mundo inteiro?

Prêmio Joinha pra vocês!

***

[Nota da autora: Nada contra as obras de Wagner, assim como nada contra as obras de Kelsen, embora ambos tenham sido (cada um a sua maneira) defensores/legitimadores do nazismo.]

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Sabe aqueles dias em que você perde a hora, se enrola pra sair de casa, chega tarde no ônibus, pega o trem/metrô cheio, esquece do megaengarrafamento e só lembra quando é tarde demais pra não ir de carro, bem no dia daquela reunião importatíssima que será conduzida por você?

Bate um desespero, né? E você, amigo nerd, só consegue pensar em como seria bom viver em um mundo ou em uma época em que o teletransporte fosse possível.

Pois isso agora é real! E público, disponível a todo cidadão soteropolitano!

Ahhh o governo sempre tentando transformar em realidade o sonho de todos nós. Vale ou não vale o Prêmio Joinha da semana?

Especialíssimo para o dia de hoje, com Capitão James T. Kirk, Spock e Dr. Leonard McCoy.

[Um oferecimento de Pedro (aquele que não comenta aqui), que viu lá no Bobagento.]

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Não me perguntem como, mas Eduardo conseguiu a receita do risoto da Ministra Nancy Andrighi!

Quer dizer, o risoto não é dela, mas ficou famoso por causa dela e agora, amiga dona de casa, mãe de família, você que quer conquistar seu amor, reconsquistar seu marido, fazer um prato pra namorada, encantar os amigos naquele jantar de comemoração onde sua sogra vai levar aquela mesma banana em calda que você não gosta porque vem cheia daquelas pelinhas da banana (*nojinho*), você poderá encantar todos, tirar a barriga da miséria e entender porque a receita saiu de um recurso especial para o mundo!

[Ufa.]

Enfim, a receita de risoto. Que não é de camarão, é de queijo e tomate.

E com jabá!

Então, alguém se arrisca? 😉

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