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Archive for the ‘Este sangue negro e viscoso’ Category

Quando eu era adolescente, nos idos de mil novecentos e noventa e alguma coisa, me sentia poeta (recuso-me a usar o termo feminino, por parecer condescedente e sexista) e escrevia loucamente o que imaginava serem obras dignas de publicação.

Daí um dia minha irmã entrou na Faculdade de Letras e, ao pegar um poema meu, fez sugestões do que eu deveria fazer e do que eu deveria evitar (algo sobre rimas pobres, rimas ricas etc). Nunca comentei com ela, mas doeu. Terrivelmente. Ter sua obra analisada por um crítico que apenas avalia a técnica empregada, sem ver o sentimento por trás das palavras, dói.

Algum tempo depois, ela no final da faculdade, retratou-se e pediu desculpas, escrevendo ao lado de suas críticas anteriores que a literatura é livre e existe muito além da técnica empregada.

Lembrei dessa história hoje ao entrar no site onde eu deveria escolher a melhor poesia dentre as selecionadas para a fase de júri popular no concurso da empregadora. Dois descreveram suas obras de forma técnica, esclarecendo a métrica, a contagem dos versos; usaram-se expressões como “versos decassílabos”, “soneto italiano”, “tercetos”. Mas meus favoritos foram exatamente aqueles que não tinham qualquer descrição, qualquer explicação.

Porque a boa literatura não precisa ser explicada, destrinchada, dissecada. Precisa ser sentida. Qualquer tentativa de justificá-la termina por criar no leitor uma falsa impressão de objetivo. A arte em geral tem o dom de causar no destinatário a emoção que ele precisa. Dispenso esclarecimentos sobre o que eu devo sentir ao lê-la, mais ainda se os esclarecimentos se transformarem em uma aula de teoria literária.

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…e perturbar o coleguinha na mesa ao lado.

Divirtam-se enquanto tentam não mexer os pezinhos sob a mesa. Vou estar de olho! 😛

Áudio, video e letra.

Dog days are over (Florence and the machine)

Happiness hit her like a train on a track
Coming towards her stuck still no turning back
She hid around corners and she hid under beds
She killed it with kisses and from it she fled
With every bubble she sank with her drink
And washed it away down the kitchen sink

The dog days are over
The dog days are done
The horses are coming
So you better run

Run fast for your mother, run fast for your father
Run for your children, for your sisters and brothers
Leave all your loving, your loving behind
You can’t carry it with you if you want to survive

The dog days are over
The dog days are done
Can you hear the horses?
‘Cause here they come

And I never wanted anything from you
Except everything you had and what was left after that too, oh
Happiness hit her like a bullet in the back
Struck from a great height by someone who should know better than that

The dog days are over
The dog days are done
Can you hear the horses?
‘Cause here they come

Run fast for your mother, run fast for your father
Run for your children, for your sisters and brothers
Leave all your loving, your loving behind
You can’t carry it with you if you want to survive

The dog days are over
The dog days are done
Can you hear the horses?
‘Cause here they come

The dog days are over
The dog days are done
The horses are coming
So you better run (Here they come)

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Quando eu comecei a trabalhar no Centro do Rio e a vir pros lados da Rua da Carioca, Cinelândia e arredores a pé (ao invés de, como antes, descer do ônibus já na Cinelândia sem nem olhar muito além do Theatro Municipal), os dois primeiros prédios que chamaram minha atenção foram o do BNDES e o da Petrobras. Cada um de um lado da ponte.
Ambos são, na minha opinião de advogada, desafios arquitetônicos/de engenharia (repito: opinião de advogada, não de arquiteta ou engenheira). O prédio do BNDES parece um pirulito gigante, com a base que o sustenta consideravelmente menor que a parte sustentada. O prédio da Petrobras eu batizei de “cubo mágico”, dadas as semelhanças.

Vão dizer que não é parecido?

Esse mesmo prédio foi eleito pelo CNN Go como um dos mais feios do mundo. Em décimo lugar. O último da lista. Mas na lista.

Sou obrigada a discordar. Não por ele ser lindo, mas porque quem o classificou dessa forma não sabe o que existe naquelas partes em que aparentemente faltam peças.

Jardins. Árvores. Pássaros. Borboletas. Flores. Bancos.
E – inestimável para quem trabalha o dia inteiro trancado dentro de um prédio – céu aberto. Sem vidros.

Pode até ser esteticamente feio, mas é reconfortante trabalhar 8h em um lugar sabendo que há um cantinho para o qual se pode fugir sempre que necessário espairecer e respirar fundo. É um luxo ao qual todos deveriam ter acesso. Humpf.

Tem uma borboleta ali no cantinho, viram?

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Palestra sobre aumento da eficiência espectral com o uso de rádios cognitivos que detectam o uso da radiofrequencia e aproveitam os white spaces.
A idéia é que o radio vá passeando de freqüência em freqüência aproveitando momentos ociosos em cada uma – vale lembrar que a radiofrequencia é tida como recurso escasso. O SDR (software defined radio) faz esse mapeamento com o mínimo de ruído para o usuário primário, e define a freqüência temporariamente vazia como a ser usada naquele momento.

Dai alguém na platéia pergunta pro palestrante:
– Você imagina, como resposta do órgão regulador, a alocação de uma faixa específica do espectro pros rádios cognitivos?

Vamos pensar:
Se todos os usuários são secundários, então nenhum é secundário e todos são primários. E você continua tendo espaço ocioso nas freqüências licenciadas a usuário determinado.

Resposta:
– Isso é visto como solução por alguns reguladores, mas nao resolve o problema principal do espectro, apenas deixa o problema para ser resolvido pelos próprios usuários de rádios cognitivos na gestão do uso da faixa.

Gente, ate eu que nao sou engenheira de telecomunicações entendi o conceito. E nao teria feito essa pergunta.

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Aplausos ao Canavitsas. Apresentação brilhante!

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Nota importante aos leitores e amigos (e amigos leitores) dessa blogueira: a instalação do gás está agendada. A partir de 1o de agosto, minha casa terá um coração! E eu terei água quente para tomar banho, com a graça de Nossa Senhora das Reservas de Gás Natural.

Em comemoração, está prometido o bolo. Sabor a combinar. Dêem sugestões nos comentários!!!

Mas vocês sabiam que a CEG mudou de nome?
Ou isso ou eu acabo de dar meus dados pessoais para algum ráquer que inventou uma história de alteração na composição societária da CEG e criou esse sáite aqui ó:
http://portal.gasnatural.com/servlet/ContentServer?gnpage=4-60-0&centralassetname=4-60-0-0-0-0

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Essa quem mandou foi o Thiago (também conhecido como “Mestre” pelo Eduardinho), e encaixa-se como uma luva para alguns dos personagens ali apresentados.

Sejam bem vindos ao meu mundo…

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Leandro pediu que eu contasse como estamos vendo o jogo do Brasil.
Bem, como o ultimo jogo foi domingo, acho que primeiro preciso dizer onde vimos o jogo do Brasil.

Explicacoes: o grupo eh realtivamente grande. como todo grupo relativamente grande, ele se separou em grupos relativamente pequenos. O grupo das pessoas que queriam ver o jogo gritando, xingando e.. hum.. bebendo reuniu-se num pub muito fofo. Em San Francisco. Sim, onde Sinatra deixou o coracao dele.

Primeira coisa a fazer: programar o gps do Mercedao branco com teto solar (a.k.a. “nosso carro”). Rota definida, “most use of freeways” escolhido, partimos. Para o bar errado. Excelente descobrir isso, porque nosso choque ao chegar foi imenso: uma bandeira da Argentina acima do batente da porta.

Novo local escolhido, seguimos para o Pier 39. O gerente do Arcade Players foi gentil o suficiente pra colocar uma bola de futebol com as cores do Brasil sobre nossa mesa. Jogo vai, jogo vem. Gols de Luis Fabiano, gol de Elano, gol de Costa do marfim (Julio Cesar tentando dar golpe de vista na bola e zagueiros tentando fazer linha de impedimento… shame on them…) expulsao de Kaka, fim de jogo. E conseguimos trazer a bola pra casa, com os cumprimentos do gerente e um agradecimento pela bagunca proporcionada.

A bola – nosso trofeu – sera carregada com honras para o Brasil, depois de ser o objeto principal em nossa partida de despedida de Davis. Com alguma sorte, chamaremos os professores/coordenadores. E com alguma sorte eu verei alguns gerentes jogando tambem. Porque Tome tinha razao: alguns fatos a gente precisa ver pra saber que aconteceram.

(Depois atualizo com as fotos!)

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Sempre gostei da sensação de ser conhecida. Os tímidos têm um quê exibicionista, uma vontade incontrolável de aparecer, ainda que momentaneamente, apenas para poderem se esconder da multidão. Essa vontade se manifesta em toda sua plenitude quando alguém – qualquer um – identifica um traço da minha personalidade e o apresenta.

Foi assim hoje, quando eu recebi um email do Leando com o seguinte teor:

Esse blog é muito maneiro, acho que é um pouco a sua cara:

http://sublimesucubus.blogspot.com/2010/02/me-viola-todinha.html

Ele tinha razão. Esse blog é a minha cara.
Fora a satisfação de ser reconhecida pelo Leandro enquanto ele lia um blog, fica a satisfação de reconhecer-me nos escritos de Carrie, a Estranha, de quem far-me-ei leitora e admiradora.

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Um amigo* hoje me apresentou a uma teoria muito interessante sobre como educar as pessoas para a vida em sociedade. Educadores sociais. Um grupo formado por homens grandes – bem grandes – e fortes – bem fortes -, espalhados pela cidade, para atuar de forma prática e eficiente no caso concreto.
Imagine um ônibus que para no sinal sobre a faixa de pedestres – cena comum no Rio de Janeiro e em outras grandes cidades do país. A atuação do educador social será quebrar o ônibus até que o motorista retire-o da faixa de pedestre, o mesmo se aplicando no caso de carros ou qualquer outro meio de transporte.
As aplicações possíveis do educador social são inúmeras e com essa ação imediata e específica para cada caso eliminamos o problema de a lição não ser corretamente aprendida.
Uma boa idéia. Lembrou-me até a multa de trânsito em um país africano: soco no capô do carro. A multa, em tese, seria paga com o conserto. Imaginem como são os carros nesse lugar…

*Agradecimentos a Thiago, que contou a história.

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A idéia inicial era aproveitar as palestras altamente técnicas da parte da manhã pra dar um pulinho nos hermanos paraguaios e, eventualmente, pesquisar preços do meu Nokia 5800. Pesquisei rotas, tirei dúvidas, mergulhei na internet, fiz todo um roteiro do que fazer e onde comprar. Até insisti com o Pedro pra que ele dissesse qual ipod queria (se realmente quisesse).
Até que no Jornal Nacional aparece aquele belo mapa do Brasil com a previsão do tempo. Parei pra prestar atenção quando a repórter falou da massa de ar frio proveniente da Argentina. Argentina? Hum… aqui do lado?
E ela prosseguiu: pancadas de chuva, frio e a possibilidade de granizo na área escura. Olhei a área escura: noroeste do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e sudoeste do Paraná. Hum… sudoeste? onde fica Foz?
Imediatamente suspendi meus planos de ir pro Paraguai. Sensato de minha parte, considerando que as 8h acordei com uma chuva bizarra e que, cerca de 40min depois, as pedrinhas de gelo começaram a atingir a janela do quarto e, pobrezinho, um passarinho que não conseguiu se abrigar a tempo.

A tentação de não sair do quarto e usar a chuva como desculpa foi enorme, mas o dever falou mais alto, e tendo a chuva diminuído um tiquinho a intesidade (tornando possível chegar ao PTI sem morrer afogada no trajeto), não tive opção.
Eis-me aqui, unida a outra meia dúzia de bravos sobreviventes, esperando a palestra que justificou minha vinda.
Como eu disse pra Dani, espero sinceramente que o cara não tenha ficado com medinho e ido embora pra casa, senão eu terei que persegui-lo com e-mails até ele tirar as minhas dúvidas que – acreditem – não são poucas.

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